quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Adeus ano velho! Feliz ano novo!

Adeus ano velho! Feliz ano novo!
Que tudo se realize no ano que vai nascer...
Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender!

Para os solteiros, sorte no amor!
Nenhuma esperança perdida.
Para os casados, nenhuma briga!
Paz e sucesso na vida!



Essa música foi a trilha de todas as comemorações da chegada do novo ano, desde pirralha!
Eu sempre adorei...
Todos comemorando, estourando uma champanhe e cantando bem alto para felicitar o ano que estava nascendo!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Dia de limpeza

Poucos dias faltam para 2010 e hoje foi o dia de limpar.
Limpar a casa, tirar dos armários o que já não mais usamos. Tirar da alma o que já não é mais nosso.
Algumas coisas vão para o lixo, outras podem servir para alguém.
Sinto o ar mais leve e preparado para o novo. Este sempre vem mas é bom preparar o terreno.
Só por isso já entendo a importância dessa nossa contagem que separa o tempo em anos!
Felicidade em 2010! 2009 foi um ano de muito aprendizado, gracias!

A trilha sonora da limpeza foi Cartomante, uma música do Ivan Lins e Victor Martins que foi brilhantemente interpretada pela Elis. Ouvi 157 vezes. rs...



Nos dias de hoje é bom que se proteja
Ofereça a face pra quem quer que seja
Nos dias de hoje esteja tranqüilo
Haja o que houver pense nos seus filhos

Não ande nos bares, esqueça os amigos
Não pare nas praças, não corra perigo
Não fale do medo que temos da vida
Não ponha o dedo na nossa ferida

Nos dias de hoje não lhes dê motivo
Porque na verdade eu te quero vivo
Tenha paciência, Deus está contigo
Deus está conosco até o pescoço

Já está escrito, já está previsto
Por todas as videntes, pelas cartomantes
Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas
No jogo dos búzios e nas profecias

Cai o rei de Espadas
Cai o rei de Ouros
Cai o rei de Paus
Cai não fica nada.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Paulinho da Viola falando do tal amor...

...que vem batendo em minha porta e eu bem estou abrindo! E me faz alegre!

Noto pelo seu procedimento
Que o seu coração
Acabou encontrando
Quando eu falo no nome dela
Você sorri, seus olhos ficam brilhando
Amor é assim, faz tudo mudar
É só alegria, tristeza não tem lugar

Não é preciso mentir pra ninguém
E muito menos para mim que já sou seu amigo
Pela felicidade que ele contém
Esse seu amor já não corre perigo
Sei o que é gostar de alguém
E chorar de saudade eu já chorei
Desejo que ela permaneça
Dentro do seu coração e que a felicidade
Não esqueça de vocês


Amor é assim - Paulinho da Viola

E que venha 2010!!!

Com muito axé, amor, saúde, amor, paz, amor, prosperidade e mais um cadinho de amor!!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Algumas reafirmações...

- O espírito natalino me irrita, ele faz das pessoas consumidores compulsivos e irracionais.

- Eu admiro a magia e a beleza da crença infantil (ou não) no Papai Noel.

- O Lula comanda muito! O homem do ano de 2009! Eu já sabia!

- Quando me apaixono quero mostrar isso todo tempo, sinto medo, sinto felicidade, sinto raiva, sinto amor, sinto tudo ao mesmo tempo e as palavras entalam na garganta.

- Sou uma chorona. Me emociono até com propaganda comercial.

- Sou exigente pra caramba. E acho isso bom!

- Gosto do vai-e-vem da vida

- A Malu é a moleca mais linda e querida e dá sentido à minha vida!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um bom Natal...

com muito amor, luz e felicidade! Boas energias e tenha fé sempre!

POEMA DO MENINO JESUS (Fernando Pessoa)

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.


Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.


Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.



Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Alberto Caeiro

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

"...Ela que me faz um navegador..."

Felicidade, euforia, música, uma baita chuva e muita diversão. Foi nesse clima que curtimos a chegada dos 5 anos dessa menina moleca que eu tanto amo. Maria Luísa, minha nega mais linda!

Algo que me fez rir muito foi o quão importante foi pra Malu fazer 5 anos, ela está se achando importantíssima por ter 5 anos. rs... Sem dúvida não foi um aniversário como os outros, talvez por ela entender melhor tudo isso ou porque essa idade tem mesmo uma magia especial... Ou um pouco de cada!

Bom, o fato é que é ótimo ser mãe de uma pretinha de 5 anos. Comemorei tanto quanto ela.


Só começando...











domingo, 13 de dezembro de 2009

Se todos fossem iguais a você... Que maravilha viver!!!

Felicidade maior do mundo pra minha Jovinha!



Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor
Abre os teus braços e canta
A última esperança
A esperança divina
De amar em paz

Se todos fossem
Iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar, a sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você

(Tom Jobim e Vinicius)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Catavento e Girassol



Meu catavento tem dentro o que há do lado de fora do teu girassol
Entre o escancaro e o contido, eu te pedi sustenido e você riu bemol
Você só pensa no espaço, eu exigi duração
Eu sou um gato de subúrbio, você é litorânea

Quando eu respeito os sinais vejo você de patins vindo na contramão
Mas quando ataco de macho, você se faz de capacho e não quer confusão
Nenhum dos dois se entrega, nós não ouvimos conselho
Eu sou você que se vai no sumidouro do espelho

Eu sou do Engenho de Dentro e você vive no vento do Arpoador
Eu tenho um jeito arredio e você é expansiva, o inseto e a flor
Um torce pra Mia Farrow, o outro é Woody Allen
Quando assovio uma seresta você dança havaiana

Eu vou de tênis e jeans, encontro você demais, scarpin, soiré
Quando o pau quebra na esquina, cê ataca de fina e me ofende em inglês
É fuck you, bate bronha e ninguém mete o bedelho
Você sou eu que me vou no sumidouro do espelho

A paz é feita num motel de alma lavada e passada
Pra descobrir logo depois que não serviu pra nada
Nos dias de carnaval aumentam os desenganos
Você vai pra Parati e eu pro Cacique de Ramos

Meu catavento tem dentro o vento escancarado do Arpoador
Teu girassol tem de fora o escondido do Engenho de Dentro da flor
Eu sinto muita saudade, você é contemporânea
Eu penso em tudo quanto faço, você é tão espontânea

Sei que um depende do outro só pra ser diferente, pra se completar
Sei que um se afasta do outro, no sufoco, somente pra se aproximar
Cê tem um jeito verde de ser e eu sou meio vermelho
Mas os dois juntos se vão no sumidouro do espelho

Expectativas, minhas...

"...eu careço de que o bom seja bom e o ruim ruim, que dum lado esteja o preto e do outro o branco, que o feio fique bem apartado do bonito e a alegria longe da tristeza! Quero os todos pastos demarcados... Como é que posso com este mundo? Este mundo é muito misturado."

Guimarães Rosa

Grande Lula...

O cara é do povo, não tem frescura pra dar um abraço em um trabalhador. A imagem explica a alta popularidade do Lula e o desespero da elite brasileira.

O cara abraçado é um agricultor da região do Vale do São Francisco, super emocionado ao receber o documento da sua casa própria e um lote de terras para trabalhar.

Peguei a foto do blog do meu querido amigo e camarada paraense Diniz http://blogdodinizsena.blogspot.com/


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Caminhos...




"...Siga onde vão meus pés
Que eu te sigo também..."

Avaliação, diagnóstico ou punição?

Avaliação, prova, chamada oral, seminário. Essas e outras palavrinhas causam ou já causaram certo medo, um frio na barriga em todos nós.

Isso porque sempre nos disseram que os métodos utilizados para medir o quanto aprendemos era o fim, uma forma de impor medo e não um termômetro. Não se pensa avaliação como um instrumento para averiguar o que deu certo, o que precisa melhorar e como devemos fazer isso. A lógica é: se não for bem nessa prova, ferrou! Vou ser penalizado.

O fato é que não é esse o papel da avaliação, ela é fundamental em qualquer processo educativo. Mais do que isso, faz parte do processo contínuo de aprendizagem. Está conectada ao que foi construído, aos conteúdos trabalhados, aos assuntos discutidos. Através da avaliação pode-se ter noção do que precisamos modificar, tanto na estrutura quanto nos conteúdos e nas formas de transmiti-los.

Buenas, esse blá blá blá todo ocorre devido ao "boom" de avaliações externas que massacram as escolas e universidades. Sou super favorável a avaliar mas avaliação é coisa séria. Acho super preocupante a inversão que está acontecendo. Não existe um preparo, não se discute o contexto. Apenas se impõe esse monte de avaliações externas que vinculam o desempenho dos alunos a algum tipo de valorização para o professor ou para a instituição.

Na escola, os professores elaboram suas aulas em cima do que será cobrado no Saresp, treinam seus alunos para irem bem e se der tudo certo vão receber uma premiação, o tal do bônus. Pois é, quanto melhor o resultado da escola, melhor o bônus que os profissionais da escola recebem; na universidade, mudaram datas de entregas de trabalhos, os alunos tiveram aulas extras aos sábados (obrigatória!) para prepará-los para o ENADE. Como diz a música "...o mundo está ao contrário e ninguém reparou..."

E para completar, teremos também avaliações para os professores (efetivos e temporários) da rede estadual paulista. Não sou contra avaliar o professor. Seria uma incoerência.

Mas precisamos refletir melhor sobre o todo, o contexto.Como já disse vejo a avaliação como parte do processo. Logo pra avaliar um sujeito precisamos antes verificar as condições dadas para ele realizar o trabalho, se investimos em sua formação e não avaliar para punir. A prova pela prova? Não! Assim sou contra.
E minha contrariedade aumenta ainda mais quando a bibliografia (35 livros) para a prova que vai definir o futuro de uma quantidade enorme de professores é publicada menos de 2 meses antes da prova. Brincar com coisa séria é o fim. É desrespeito! Tenho visto medo no rosto e na fala de muitos colegas. Não daria pra ser diferente, José Serra e Paulo Renato estão jogando pesado para chegar onde querem. Precarização total, investimento mínimo e avaliações para punir!

Bom, 2010 promete muitos acontecimentos nesse quesito! Só espero não ter que andar de ponta cabeça pra enxergar direito.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Amor! Sim, mais uma vez o amor...

Não tenho habilidade com as palavras pra versar sobre o que hoje sinto. Lembrei da Cora, da Florbela e do Quintana. Eis ai, os poetas expressando o amor!

Poeminha Amoroso

Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...

(Cora Coralina)


Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


BILHETE

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
(Mario Quintana)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Desassossegada!



Os versos que vou escrever abaixo são de Fernando Pessoa. Desde a primeira vez que li me identifiquei muito com esses dizeres. Recomendo o Livro do Desassossego, é excelente pra sacodir geral e nos tirar do conforto que o sossego proporciona. rs... Não foi fácil encarar a leitura não mas me colocou pra pensar, refletir... E isso é sempre bom!

"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre, fixo os mínimos gestos faciais de com quem falo, recolho as entoações milimétricas dos seus dizeres expressos; mas ao ouvi-lo, não o escuto, estou pensando noutra coisa, e o que menos colhi da conversa foi a noção do que nela se disse, da minha parte ou da parte de com quem falei. Assim, muitas vezes, repito a alguém o que já lhe repeti, pergunto-lhe de novo aquilo a que ele já me respondeu; mas posso descrever, em quatro palavras fotográficas, o semblante muscular com que ele disse o que me não lembra, ou a inclinação de ouvir com os olhos com que recebeu a narrativa que me não recordava ter-lhe feito. Sou dois, e ambos têm a distância -irmãos siameses que não estão pegados."
(Fernando Pessoa, O Livro do Desassossego Ed. Companhia das Letras - página 53)

domingo, 29 de novembro de 2009

Manhã de domingo e a Folha de S.P.

Ler jornal sempre foi um hábito em minha vida. Quando criança eu sempre acompanhava a leitura do meu pai. Ele assinava a Folha e aos domingos comprava o Estado. Ele tinha mania de recortar anúncios de empregos nos classificados. rs... Mesmo trabalhando, maluquice! Eu ficava brava porque achava que ele sairia do trabalho. Ele trabalhava na Fermata e vivia me trazendo discos de presente.

Essas lembranças são sempre boas mas o assunto hoje é sério. Lembrei apenas para demostrar o quanto sempre foi importante ler jornal.

A falta de tempo no dia-a-dia me faz dedicar as manhãs de domingo pra leitura de jornais. Impressos e virtuais, faço um apanhado das notícias semanais. E hoje não foi diferente, acordei e logo comecei minha leitura.

Sempre priorizei a Folha, acho que por costume, foi o jornal que assinei durante um bom tempo. Mesmo insatisfeita com o posicionamento deste jornal, o escolhia dentre os da grande imprensa.

Hoje encerro a priridade que sempre dei a Folha, tardiamente, talvez! Mas é isso, não compro, não entro mais na versão virtual e farei uma campanha contra.

Não tem condições de contribuir com o jornal da "ditabranda", de manchetes enganosas, enfim, que não tem o mínimo compromisso com a verdade, não investiga notícias e coloca em primeira página acusações pesadas.

Na última sexta, 27 de dez, a Folha publicou um artigo de Cesar Benjamim, onde este conta que o Lula já confessou pra ele ter feito um estupro. Nenhuma prova de nada, nenhuma investigação e assim como no caso do Dilma-sequestro uma irresponsabilidade!

Não dá! Fiquei pensando muito sobre os termos usados por Paulo H. Amorin: PIG (Partido da Imprensa Golpista) e PUM (Pensamento Único Midiático) e acho que a Folha está cada vez mais representando essas expressões, se perdendo neste jogo e se distanciando do jornalismo sério.

Os blogs tem um papel cada vez maior em informar e combater esse jogo sujo midiático. Falando nisso, Celso Lungaretti em seu blog (www.naufrago-da-utopia.blogspot.com) postou um bom texto sobre a entrevista da Falha (vou aderir ao termo usado por meu amigo Claúdio).


A nova infâmia da Folha.

Como jornalista, aprendi que nada é impossível. Então, depois de ler, estarrecido, o texto no qual o cientista político Cesar Benjamin acusava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de lhe haver relatado uma tentativa de estupro que teria cometido em 1980, resolvi esperar a evolução do caso antes de condenar inapelavelmente quem um dia já foi herói deste sofrido país.

Mas, a minha avaliação inicial foi das mais negativas. Dai haver afirmado claramente, em artigo escrito de batepronto, que o relato de Benjamin, da forma como foi apresentado, lhe valeria uma condenação como caluniador em qualquer tribunal.

Algo assim só seria aceitável com a corroboração da suposta vítima ou, pelo menos, das outras pessoas que ele afirmou estarem presente na conversa.

A edição de hoje (sábado, 28) da Folha de S. Paulo nada trouxe que verdadeiramente respaldasse a versão de Benjamin -- o qual não se manifestou, sequer.

E as reações vieram em cascata:

O publicitário Paulo de Tarso da Cunha Santos, citado por Benjamin, afirmou que "o almoço a que se refere o artigo de fato ocorreu", que "o publicitário americano mencionado se chamava Erick Ekwall", e que não houve "qualquer menção sobre os temas tratados no artigo";

O cineasta Sílvio Tendler, com melhor memória (a conversa aconteceu há 15 anos), diz ser o outro publicitário cujo nome Benjamin esqueceu e sugere que outorguem ao cientista político o "troféu de loira [burra] do ano" por não haver entendido "uma brincadeira, como outras 300" que o Lula fazia todos os dias;

Ex-companheiros de cela de Lula no Dops, José Maria de Almeida (PSTU), José Cicote (PT) e Rubens Teodoro negaram a tentativa de estupro, tendo Almeida acrescentado que não havia ninguém do Movimento pela Emancipação do Proletariado na cela e Cicote se lembrado vagamente de que um sindicalista de São José dos Campos seria apelidado de "MEP";

Armando Panichi Filho, um dois dois delegados do Dops escalados para vigiar Lula na prisão, disse nunca ter ouvido falar disso e não acreditar que tenha acontecido, mesmo porque, segundo ele, nem sequer havia "possibilidade de acontecer”;

O então diretor do Dops Romeu Tuma também desmentiu "qualquer agressão entre os presos";
o Frei Chico, um dos irmãos do presidente Lula, lembrou que a cela do Dops era coletiva e que nunca Lula ficou sozinho, pois estava preso com os outros diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (Rubão, Zé Cicote, Manoel Anísio e Djalma Bom);

Lula, de acordo com o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto de Carvalho, teria ficado triste e abatido, afirmando que isso era "uma loucura";

O próprio Gilberto de Carvalho qualificou a acusação de "coisa de psicopata" e recriminou a Folha por tê-la publicado;
O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, afirmou que o artigo é "um lixo, um nojo, de quem escreveu e de quem publicou";

O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, atribuiu "essa coisa nojenta" aos ressentimentos e mágoas de Benjamin, que algum tempo depois deixaria o PT, mas não por causa desse episódio;

O Frei Beto qualificou o artigo de "execrável" e disse que Lula, "ainda que não fosse presidente", mereceria respeito.

Ou seja, a tentativa de estupro não é confirmada por ninguém. Talvez tenha estado preso mesmo um sindicalista alcunhado de MEP. E Lula parece haver feito uma piada de mau gosto, como tantas outras que marcam sua trajetória de falastrão contumaz.

O certo é que não havia sustentação para a Folha publicar, p. ex., uma reportagem a este respeito. Não se acusa um presidente de tentativa de estupro com tão pouco.

Concedeu, entretanto, uma página inteira para Benjamin colocar essa bobagem em circulação, municiando a propaganda direitista.

Jornalisticamente, sua atuação é indefensável, desprezível, manipuladora.

Desceu aos esgotos, repetindo o episódio em que usou outro bobo útil de esquerda para tentar envolver a ministra Dilma Rousseff com um plano para sequestrar Delfim Netto que nunca saiu do papel.

Cesar Benjamin deveria ter aprendido a lição.

Agora, ou vem a público provar sua acusação, ou estará definitivamente morto para a política.

Quanto à Folha, já morreu para o jornalismo faz tempo.

sábado, 28 de novembro de 2009

Djavan falando de amor e eu amando...

Boa parte das músicas do Djavan falam sobre o amor, algumas até exageram no açúcar. Mas hoje conversando com o bonito do Billy me lembrei de uma do Djavan que acho fantástica.

O amor é um grande laço
Um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculo
Pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada
Com a fuga de uma ilha
Tanto engorda quanto mata
Feito desgosto de filha
O amor é como um raio
Galopando em desafio
Abre fendas, cobre vales
Revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro
Se perderá no caminho
Na pureza de um limão
Ou na solidão do espinho
O amor e a agonia
Cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio
O cio vence o cansaço
E o coração de quem ama
Fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando
Que nem o meu nos seus braços

Faltando um pedaço - Djavan


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Assim assim...

"...E quando eu estiver triste, simplismente me abrace!"



"...A batalha é o começo da trégua..." Arnaldo Antunes

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Irmãos e ponto!

Filha única?!?! Meus pais não tiveram outros filhos, no entanto a vida me presenteou com 5 irmãos!

Minha mãe sempre trabalhou muito e aos 4 meses de idade eu tive o prazer de ser cuidada pela minha doce Jovinha, minha mãezinha e uma das pessoas mais maravilhosas que conheço. Bom, mas minha Jovinha é um assunto a parte. Hoje o papo é sobre meus irmãos.

Postiços? Emprestados? Meio-irmão? Primos-irmãos? Não, nenhum desses termos serve pra definir. Os considero irmãos mesmo! Irmãos e ponto!

O sangue não é tão forte quanto a criação. Não nascemos dos mesmos pais, mas crescemos juntos. E isso garantiu a construção de uma relação de irmãos. A convivência, a troca, a parceria, as brigas, as brincadeiras, a cumplicidade, as lágrimas, as broncas, as gargalhadas. Enfim, isso tudo se deu entre nós.

Foram eles que me ensinaram a respeitar as diferenças, a dividir, saber que não sou única, que o mundo não gira em torno do meu umbigo, que minhas vontades nem sempre podem prevalecer, que ler é importante, que devemos estudar, que samba é bom demais, que devemos ser bom e não idiota, que devemos brigar quando necessário.

Quantos pastéis de vento... Doce de pia... Balas de leite (que grudam no dente)... Tudo sempre bem dividido! Quantos copos de suco foram divididos... E era um "aí, Jesus" se um copo tivesse mais suco do que o outro (1 ml que fosse...).

A divisão do colo era sempre a mais difícil, mas a Jovinha sabia, e ainda sabe, como ninguém a matemática na hora de dividir amor!

Bom, cada um dos meus irmãos tem um lugar especial no meu coração e em minha vida.

Tânia, de riso fácil, simpatia em pessoa, me "explorava" quando criança pois me fazia tirar seu tênis quando voltava da escola. Com os dedinho de fora, seu pé "conversava" comigo. E eu era a explorada mais feliz, morria de rir dos dedinhos falantes. Ela me chamava de Djavan por causa dos cachinhos no cabelo. Sempre com seus livros, suas poesias, suas fotografias. Hoje é mãe da Gabi, uma Taninha em miniatura e minha sobrinha!!

Guina, o cara mais tranquilo da casa. Me chamava de Batatinha (na verdade, até hoje chama) e apertava minha bochecha o tempo todo. No final de semana sempre ouvia muito samba, o Arquivoooooooo do Sambaaaaaa. Acho que era isso. Não me lembro a rádio. Pena!!! Hoje é um grande homem, batalhador e pai do Gui, meu primeiro sobrinho, e da Helô, a pretinha mais vaidosa da família.

Telma, essa é quase minha mãe também. Sabe aquela irmã mais velha que faz as vezes da mãe? Foi assim com ela. Ela me disciplinava, era ela quem via minhas lições de casa, me fazia estudar. Ela era linha dura. Eu mal chegava da escola e já tinha que fazer os deveres. Só depois almoçava e brincava. Devo a ela tantas coisas, até minha letra é igual a dela. rsrs... Ela era a mais baladeira, ia sempre pras danceterias. Foi ela quem me levou no MC Donalds pela primeira vez, naquela época não havia shopping por perto. Então fomos num MC do Centro da cidade. Até hoje lembro de como esperei aquele dia. Hoje ela é uma companheirona, sempre disposta, inteligente e nunca deixa a peteca cair. Ah, me conhece só com um olhar. Parece até que lê meus pensamentos.

Giselma, minha parceira! De todas as horas. Guerreira... Nossa! Além de tudo, somos muito parecidas! Quando criança aprontavamos muito, brigavamos de se pegar. Ela me batia tanto. rsrs... Mas também apanhava. Mas sempre fomos unidas. Sempre! Nem na hora da raiva traíamos essa união. E isso se mantém firme até hoje. Na alegria, na tristeza, na bronca, nos elogios... Estamos sempre juntas. Ah, e na mesa do bar somos imbatíves. Temos tantas histórias... Somos cúmplices de crimes perfeitos. rsrs...


Junior, o caçula! Teve a ousadia de tirar meu lugar de caçula. rsrs... É o típico irmão mais novo, mimadinho! rsrs... Meu parceiro de brincadeiras. Meu primeiro aluno, eu o obrigava a brincar de escolinha todos os dias. Teve diploma de formatura e tudo. Ele era bem folgadinho, aprontava muito e até me dava uns petelecos. Mas eu sempre o protegia, não deixava ninguém brigar com ele. Hoje ele é o tio cabeção, meu parceiro de jogos do Tricolor, meu parceiro de churrascos. Esse sabe o que quer da vida e corre atrás!



Telma, Tânia, eu e a Gisa - 21 de nov de 2009


Junior, eu e Guina - 21 de nov de 2009

domingo, 22 de novembro de 2009

O cotovelo mais gostoso do Brasil!!!

Adoro cotovelo!
Na verdade, gosto de morder cotovelo.
Loucura?
Deve ser sim... Todos tem as suas manias malucas
E por conta dessa minha maluquice descobri um cotovelo muito gostoso, o da minha nega!!!
Hoje teve sessão mordida...





sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nega Gisa!!!



Parceira de todas as horas, irmã, amiga.
Gisa é sinônimo de intensidade.
Não tem espaço o morno, o mais ou menos, o que dá tédio.
Ela é força, coragem, gritos, alegria, sinceridade.
Alisa e bate com a mesma potência. Defeito? Não, transparência!
O amor é o que determina suas atitudes, sempre!

Amo-te, pretinha!
E não porque temos o mesmo sangue e sobrenome.
Você é uma grande mulher, tem valores que eu respeito e admiro.
Sou uma sortuda por conviver com você desde que nasci.

Gracias pela sua vida! E por fazer parte da minha!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Fim de ano!!!





Estou contando os dias pra meu aniversário, isso já é costume em minha vida. Adoro aniversariar!!

Esse ano estou realizando uma outra contagem regressiva, não vejo a hora de 2009 terminar. Acho que estou com mais expectativa pra cantar "Adeus ano velho, feliz ano novo..." do que do para os meus 30 anos.

Por que isso? Simplesmente porque preciso de férias! Já trabalhei o suficiente esse ano. rsrs... Quero sombra, água fresca, água de coco, sol, cerveja gelada, amigos queridos, Malu brincando sem ter que ir pra escola, dormir até as tantas, um nego bonito, espreguiçar o dia todo. Ai, só de pensar a vontade de tudo isso cresce.

Como diz minha nega Pri: Alguém dá a bandeirada final deste ano, por favor?



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"...Sigo tocando só para te cantar..."

...É o bonde do dom que me leva
Os anjos que me carregam
Os automóveis que me cercam
Os santos que me projetam
Nas asas do bem desse mundo
Carregam um quintal lá no fundo
A água do mar me bebe
A sede de ti prossegue
A sede de ti...



E isso!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pra bom entendedor, meia palavra bas-

Mariana Aydar, um nome novo na MPB. Escutei pela primeira vez na Nova Brasil FM, rádio dedicada à música popular brasileira, além dos nomes sagrados tem sempre na NOVA destaque a novos talentos da MPB.

Comprei o último cd da Mariana Aydar (PEIXES PÁSSAROS PESSOAS) e estou muito feliz com a qualidade deste trabalho. É minha trilha sonora do momento, a que toca 157 vezes no meu som. rsrs...

Tem várias canções que valem a pena no mesmo CD e isso pra mim já é considerável. Entre as melhores: FLORINDO, O SAMBA ME PERSEGUE, PRAS BANDAS DE LÁ, PODEROSO REI e TÁ?. A última é a que escolhi pra postar aqui. Por quê?

Bom, porque me fez redescobrir várias coisas numa mesma música e porque é muito inteligente. Sabe, quando você escuta algo e pensa como a pessoa que compôs foi feliz? Fica imaginado que você deveria ter feito isso ou, pelo menos, ter pensado nisso antes. rs... Pois é, foi essa sensação que tive.

Vale a pena ouvir!!!


Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Eu vou denunciar a sua ação nefas-
Você amarga o mar, desflora a flores-
Por onde você passa, o ar você empes-

Não tem medida a sua ação imediatis-
Não tem limite o seu sonho consumis-
Você deixou na mata uma ferida expos-
Você descora as cores dos corais na cos-
Você aquece a Terra e enriquece à cus-


Mas do que vale tal riqueza? Grande bos-
Parece que de neto seu você não gos-
Você decreta a morte, a vida indevis
Você declara guerra à paz por mais bem quis-
Não há em toda fauna, um animal tão bes-
Mas já tem gente vendo que você não pres-

Não vou dizer seu nome porque me desgas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Não vou dizer seu nome porque me desgas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Bom entendedor, meia palavra bas-
Bom entendedor, meia palavra bas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas-

Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Eu vou denunciar a sua ação nefas-
Você amarga o mar, desflora a flores-
Por onde você passa, o ar você empes-

Não tem medida a sua ação imediatis-
Não tem limite o seu sonho consumis-
Você deixou na mata uma ferida expos-
Você descora as cores do coral na cos-
Você aquece a Terra e enriquece à cus-


Mas do que vale tal riqueza?
Grande bos-
Parece que de neto seu você não gos-
Você decreta a morte, a vida indevis-
Você declara guerra à paz, por mais bem quis-
Não há em toda fauna animal, um tão bes-
Mas já tem gente vendo que você não pres-

Não vou dizer seu nome porque me desgas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Não vou dizer seu nome porque me desgas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas-
Bom entendedor, meia palavra bas-
Bom entendedor, meia palavra bas-
Pra bom entendedor, meia palavra bas ta?


Composição: Pedro Luís e Roberta Sá

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lua bonita...

Impressionante como esta danada está linda nas últimas noites.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pra ouvir, lembrar e sentir uma saudade!!!

Tua Boca - Itamar Assumpção

A tua boca me dá água na boca
Ai que vontade de grudar uma na outra
E sugar bem devagar,
gota por gota
Beija-flor beijando a flor
ou borboleta

A tua boca me dá água na boca
Que vontade de rasgar a nossa roupa
Vamos pra qualquer lugar,
praquela gruta
Pra qualquer quarto de hotel
praquela moita

A tua boca me dá água na boca
Que vontade de gritar, é uma bomba
Acho que vai rebentar, desgraça pouca
Azar eu vou me matar
na sua boca

Azar eu vou me matar na sua boca

Apenas 14 dias...

Sempre é bom viver!!! Altos e baixos fazem parte dessa alegria que é viver. Viver plenamente, intensamente, sempre com vontade!!!

No momento, estou numa fase (retorno de Saturno!) de avaliar tudo, de repensar muitas coisas, colocar os "pingos nos is", enfim, estou numa fase de balanço (não é o final não!rs...)

Alias, sinto que estou apenas começando. Como diria Raul: "...Todo jornal que eu leio me diz que a gente já era, que já não há mais primavera. Oh, baby, a gente ainda nem começou..." É assim que sinto, que ainda nem comecei e olha que já fiz muitas coisas, vivi com entusiasmo esses 29 anos. E tenho a sensação que viverei ainda com um entusiasmo maior daqui pra frente. Bom, tá chegando o MEU dia, faltam apenas 14 dias para os meus 30 anos.

Comemorações? Sim, sempre! Mas esse ano comemoro além dos meus 30 anos e tudo o que fiz até aqui. Vou comemorar o que virá. Claro, comemoro a minha história, minhas lágrimas e meus sorrisos, os abraços, os gritos, o beijo, o bico mas além disso quero comemorar o reinício.Tenho certeza que o futuro (que logo vira presente) será melhor do que foi até então.

Que venha mais 30, 40, 50, 60 anos!!! rsrs...

Está aberta a temporada de comemorações. Faltam 14 dias!!!!

domingo, 1 de novembro de 2009

Fase das interrogações



Um diálogo entre mãe e filha.

O cenário: Quintal de casa, num domingo de sol e véspera de feriado. A piscina está montada. Mãe sentanda numa cadeira e com os pés em cima da mesa da filha (mesinha de desenhos e lição) pensando em bronzear o corpo por igual e lendo para escrever um tal projeto de mestrado.

A situação: Mãe chama a filha para comer um salgadinho e tomar um refrigerante. A filha sai da piscina, a mãe tira todos seus livros da cadeira pra filha sentar.

O diálogo:

A filha pergunta:

- Mãe, pra que serve o chão, a mesa e o copo?

A mãe, que ainda estava com as pernas em cima da mesa, responde ingenuamente:

- Nossa, filha. O chão serve pra tantas coisas. Podemos chamo-lo de terra e a terra é um grande Deus. O que dá a vida, o alimento, onde pisamos e pra onde vamos depois da morte.

Enfim, a mãe faz uma baita tese. Não só sobre o chão mas também sobre a utilidade da mesa e do copo. A filha atenta às teorias participa das explicações dando sua opinião infantil e inteligente.

Passado alguns minutos, a mãe já estava de volta à sua leitura e a filha já havia comido todo o Doritos e tomado sua coca-cola. A filha retorna ao assunto dizendo:

- Mamãe, eu pensei que a mesa não fosse pra colocar os pés.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Um colo bom...

Em alguns momentos todos nós precisamos de um colo, literalmente. Não queremos palavras de apoio, conselhos, lições, etc. Só o aconchego do um colo pra nos dar a força necessária pra seguir em frente.
Eu tenho um colinho bem gostoso, o da Malu. Inversão de papéis? Pode ser mas é fantástico esse pequeno colo e que me faz tão melhor sempre!




segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Decência e Boniteza

P. Freire sobre a prática educativa:

[...]Cada vez me convenço mais de que, desperta com relação à possibilidade de enveredar-se no caminho do puritanismo, a prática educativa tem de ser, em si, um testemunho rigoroso de decência e de pureza. Uma crítica permanente aos desvios fáceis com que somos tentados, às vezes ou quase sempre, a deixar as dificuldades que os caminhos verdadeiros podem nos colocar. Mulheres e homens, seres históricos-sociais, nos tornamos capazes de comparar, de valorar, de intervir, de escolher, de decidir, de romper, por tudo isso, nos fizemos seres éticos. Só somos porque estamos sendo. Estar sendo, é a condição entre nós, para ser[...]

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Correndo contra o tempo...

Sei que é a coisa mais inútil da vida mas tem momentos que não tem jeito, é preciso lutar contra o relógio. E fazer isso nos primeiros dias do horário de verão tem sido bem pior. Enfim, é isso. Estou numa fase de pressão e preciso dar conta de algumas coisas importantes.

Precisei reorganizar algumas tarefas e tem dado certo. Apesar de que a Malu tem sentido um pouco essa reorganização mas foi preciso.

Bom, "falei" tudo isso mas o motivo da minha postagem aqui é outro. Recentemente conheci uma pessoa muito especial e que me apresentou uma outra pessoa muito especial e telentosa. Billy e Itamar Assumpção.

Conhecia muito pouco de Itamar. Conversando sobre o quanto estou entusiasmada com o tamanho da comunicação via internet, o Billy me diz um trecho de Olho no olho, de Itamar. "...Cartão-postal é bacana mas bom mesmo é ter você na minha cama..." Não foi uma cantada não, a música retrata bem a importância do tete-a-tete ao invés do contato através de mensagens virtuais.

Gostei da frase apesar dela ter sido usada como argumento contra o que eu estava defendendo. Enfim, o Billy me emprestou 2 cds do Itamar Assumpção, estou bem gostando da musicalidade e de suas letras.

Ontem ele foi a trilha sonora do meu dia.

Uma das que mais gostei ontem:

Dor Elegante
(Itamar Assumpção e Paulo Leminski)
Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante

Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha

Ópios, edens, analgésicos
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra

domingo, 18 de outubro de 2009

Maria Luísa

Não é segredo pra ninguém que sou apaixonada pelo Chico Buarque, o que nem todos sabem é que o nome da Malu foi inspirado em uma música que o Chico fez pra uma de suas filhas, a Luísa.

Desde meus 17 anos a Malu já existia em minha vida. O sonho era ter uma filha, botar o nome de Maria Luísa e chama-la de Malu carinhosamente. Sonho realizado!



Essa foto é uma das minhas preferidas. Eu, a Malu e o palhaço da peça que assistimos, na estação da Luz. Já faz algum tempo, foi um dia bem gostoso e assim que vi essa foto lembrei da música que me inspirou o nome da minha nega.

Por ela é que eu faço bonito
Por ela é que eu faço o palhaço
Por ela é que saio do tom
E me esqueço no tempo e no espaço
Quase levito
Faço sonhos de crepon

E quando ela está nos meus braços
As tristezas parecem banais
O meu coração aos pedaços
Se remenda prum número a mais

Por ela é que o show continua
Eu faço careta e trapaça
É pra ela que faço cartaz
É por ela que espanto de casa
As sombras da rua
Faço a lua
Faço a brisa
Pra Luisa dormir em paz


(Luísa, Chico e Francis Hime)

Reinventando tudo!!!



Quando Malu aprendeu a falar foi o máximo, as primeiras palavras simples e numa rapidez enorme o vocabulário aumenta. E por ainda estar aprendendo é inevitável as palavras pronunciadas erradas. O manual super nanny de ser mãe diz que temos que corrigir. Minha forma de corrigi-la era falando a palavra corretamente. Deu certo!!!
Mas confesso que tinha e ainda tem algumas palavras ditas erradas por ela que me da vontade de não corrigir. É tão bonitinho, o falar embaralhado, a troca de algumas letras.
Lembro sempre do: É "peu", mãe!!!

Essa fase de falar errado passou, hoje em diante ela tropeça bem menos nas palavras.

A fase agora é do criar palavras,gestos, nomes. Eu me divirto e aqui em casa já se tornou oficial.

Algumas...

china = chinelo

leite de alpino = leite com chocolate

Miúda = Miúcha, a gata do nosso vizinho

borrachinha = tarrachinha do brinco que vive sumindo

mánica = máquina de fotografar

mamamirabele = eu

oketchuca = ela

apertar os olhos, piscar com os dois olhos = eu amo vc sem usar palavras

enroladinho = croaissant

marmela = remela dos olhos

ataque!!!! = encher de beijo

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mais uma do Carpinejar...

Eu estou sempre passando pelas páginas desse poeta gaúcho e confesso que o que mais me atrai no twitter são suas frases. Entro e vou logo procurando por ele.
Agora pouco, depois de um dia de trabalho intenso atualizei o twitter e uma frase de Carpinejar me fez ter boas lembranças e aliviar um pouco a tensão do dia. Força pra continuar, ainda não acabou!!!

Lá vai...

"Estou aqui para facilitar tua vida e complicar teu corpo."

Eu diria que pode ser o contrário também...

^.^

Ensino-aprendizagem

Processo ensino-aprendizagem: um chavão entre os educadores, muitas vezes utilizado como coringa em diversos discursos. Pra mim o que melhor sintetiza a educação e ao ler essas palavras de Paulo Freire esse processo tem pra mim um significado ainda maior.

"Nós, homens e mulheres, aprendemos muito mais do que apenas olhar; aprendemos a admirar, a espantar-nos diante do que vemos, a tratar a memória daquilo que ficou porque vimos antes, a estabelecer relações entre as coisas que se memorizam e as coisas que não foram ainda feitas. Descobrimos a razão de ser das coisas que são feitas hoje mas que estão ligadas a um remotíssimo ontem. " (Paulo Freire)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pedacinho de mim...

...que me faz sempre mais feliz!!! Criança linda e cheia de luz!!!




Eu boto fé na vida...

nas pessoas e especialmente no amor.

Acredito muito em tudo que faço e procuro ser coerente com o que digo. Gosto de falar sobre o amor,gosto de viver com amor. Nem sempre consigo utilizar o amor como gostaria.

Para muitos, o amor é um sentimento abstrato, junção de muitos outros. Sei não... Pra mim ele é tão concreto, enxergamos no olhar, nas ações. As pessoas que mais admiro na vida são pessoas que sabem amar, que se entregam através desse sentimento. Amam e ponto! Não precisa trocar por nada o amor que oferece.

Cada dia que passa acredito mais no amor, como o sentimento mais forte que pode existir. O amor gera gentileza, carinhos, compreensão. Torna a vida mais leve e mais colorida.

Vivo observando isso, acho fantástico o poder do amor. O querer bem, o olhar carinhoso... O amor que resiste e existe com força até nas situações mais adversas. Pena que muitas vezes somos levados a agir baseado em sentimentos menores e mesquinhos. Gostaria de praticar mais o amor!

Não estou me referindo a um amor determinado, como mãe-filho, avós-netos, homem-mulher, irmãos e amigos. Essas relações, normalmente baseadas no amor, são maravilhosas. Mas quero exaltar o amor na sua simplificidade. O amor que engrandece mais quem dá do que àquele que recebe.

Amo tanto e ainda quero amar um tanto mais. Procuro sempre fazer com que minhas ações sejam consequências do amor.

Meu maior princípio é amar!!!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

RBTD - Quintana

Há ocasiões em que não conseguimos nada, nem um sorriso, outras em que consegues tudo, até cartas de recomendação. Não te queixes, nem se gabes. Era que os anjos estavam brincando de rapa-bota-tira-deixa...
E a tua história cotidiana é tecida ao acaso dos lances.
Até que sobrevenha o R do rapa-tudo.
(Aí então os anjos te recolherão.)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Parece poesia...



Malu e minha mãe. Dois amores que carrego no peito!!!

No caminho...

Tenho caminhado bastante e ao meu lado muita gente guerreira. Muitos "Maiskóvskis", que merecem muito mais do que meu respeito, merecem minha admiração! Pessoas fortes, que se entregam de coração e mente à suas causas, à construção de uma vida melhor pra todos. Enfim, eita povo pra lutar!!!
Mas vez ou outra me deparo com situações que me deixa um tanto triste, um tanto preocupada. Pessoas amedrontadas, que parecem ter sido feitas pra obedecer ordens, sem contestar. Mesmo que essas ordens sejam prejudiciais e sem sentido. Mesmo que sejam prejudiciais ao grupo que elas pertencem.
Alguns podem pensar: Poxa Valéria, muitas vezes precisamos engolir sapos, é a vida!
Sei disso, nem sempre podemos vencer todas, nem sempre podemos falar o que pensamos. Sei disso e engulo bem os meus.
O que me incomoda é que está acontecendo nas escolas, educadores cada vez mais acuados, amedrontados. E penso que a educação é um intrumento pra liberdade. Educar pra ser livre, pra contruir um país melhor, uma vida melhor pra todos. O conhecimento é fundamental pra dignidade, pra consciência do ser humano.
Fico pensando, como posso ensinar algo se não conheço? Como posso ensinar direitos e deveres se não luto pela garantia dos meus? COmo posso querer autonomia na educação se não me imponho enquanto um ser autônomo?
Bom, digo tudo isso porque hoje mais uma vez me deparei com uma situação lamentável e dessa vez senti vontade de escrever sobre ela. Ainda mais porque assim que o ocorrido se deu, desci pra minha sala, abri meu caderno e procurei por uma poesia que sabia estar lá, No caminha com Maiakóvski de Eduardo Alves da COsta. A poesia é ótima, mas quero deixar registrado aqui dois trechos dela que me fez forte nesse momento.

"...Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz,
e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."

"...E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!"


Em mim tudo grita, tudo precisa ser dito. O silêncio me incomoda. Mas espero, e fico de verdade feliz, se pelo menos o coração de alguns ainda grite!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Um tanto musical



DOCE NA FEIRA
Composição: Jair do Cavaquinho / Altair

Olha doce ioiô, olha doce iaiá

Vendendo doce na feira, ai, ai, ai
Eu vi aquela cabocla, ai, ai, ai
Que há tempos lá na Portela, ai, ai, ai
Andava de boca em boca

Fez ferir (sofrer) seus companheiros, ai, ai, ai
Com as infiéis conquistas, ai, ai, ai
Tanto fez, que tanto fez
Que acabou se apaixonando
Por um volúvel sambista

Assim (depois) que eu vi a cabocla, ai, ai, ai
Minha voz emudeceu, hum, hum, hum
Tinha no peito um retrato, ai, ai, ai
O retrato era eu
Era eu, era eu, era eu, era eu

Vendendo doce na feira….

Olha doce ioiô, olha doce iaiá
E assim ela dizia
E assim ela dizia

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Olhares e perspectivas!!!

Uma situação que ocorreu hoje me fez pensar em como o olhar está carregado de sentimentos, de subjetividade. Quem olha tem seus sentimentos, seus objetivos, suas crenças, seus valores. E tudo isso constroe o que estamos vendo, as perspectivas.

Hoje na escola a equipe do programa Salto para o futuro, TV Brasil, foi gravar um projeto que realizei junto com a professora Glafira sobre Orientação Profissional para Jovens. Foi super bacana a gravação, muitas vezes a valorização de um trabalho é bem maior externamente do que dentro do espaço da escola. O que lamento muito. Mas enfim, devemos seguir em frente.

Durante a gravação eu e a Glafira dividiamos algumas tarefas. No meio da organização esta minha companheira de projetos, de luta e de sonhos dentro e fora da escola me surpreendeu. O diálogo era sobre o fechamento da apresentação, eu pedi que ela o fizesse porque achei que seria mais bacana, que ela iria explicar melhor do que eu.

Ela me olhou e disse: Você é tão bonita!

Eu dei risada e pra esconder a vergonha (não estamos acostumados a receber elogios e sempre que ele vem ficamos um tanto sem jeito)disse: Eu? Imagina, tenho 1 metro e meio (na verdade, 1m54 e faço questão dos 4cm) e sou gordinha.

Ela olhou pra mim com um rosto tão sereno e os olhos brilhando e disse: Eu não te enxergo assim, te enxergo tão grande! Eu só pude abraçá-la e passei o resto do dia pensando em como o olhar está carregado de significados.

Gracias a la vida... Gracias!!!

Melhor o silêncio...

Teria muito o que dizer neste momento, muitas informações, muitas reflexões...

Os últimos dias tem sido de agito, de movimento! O momento é de confusão!

Acho isso muito bom, gosto do vai-e-vem da vida pois me reafirma a idéia de que nada é, e sim está sendo! Uma hora aqui, outra acolá. Ora levando, outra tomando... Isso sempre nos desloca e faz repensar uma série de coisas que pareciam estar prontas e acabadas. Mas dessa vez tá um tanto puxado.

Tem se misturado coisas boas (muito boas!) com outras que me deixa triste, pensativa, reavaliando tudo.

Nesses momentos melhor ficar quietinha com meus pensamentos. E ouvindo Mercedes Sosa pra tentar transformar em força o que hoje me entristece.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Uma nega de olhos bem apertadinhos...



Estava numa arrumação daquelas com meus papéis, e isso é sempre um parto em minha vida! Pois tenho uma imensa dificuldade em jogá-los fora. Futuramente vou precisar de um cômodo da casa só pra guardá-los.

Tem de tudo! Agendas antigas, cartas de amores passados, bilhetes, xerox de textos, cartas de amigos, livros da coleção vaga-lume. Enfim um verdadeiro arquivo, um bom acervo. Já tentei jogar tudo fora de uma vez, mas não tive força. Vou me desfazendo em doses homeomáticas. E é sempre com dúvidas que o faço, sempre acho que em algum momento vou precisar.

Mas essa postagem não é pra falar das minhas quinquilharias e sim pra falar da Pri, uma amiga muito querida e minha comadre. Já perdi as contas de quantos anos seguimos juntos nessa.

Bom, enquanto arrumava meu museu particular eu me deparei com um bilhetinho da Pri, numa folhinha bem pequena, cortada as pressas e com dizeres que me emocionaram depois de tanto tempo. A emoção rolou não somente pelas palavras, não somente por lembrar aquele momento, eu na maternidade horas depois do nascimento da Malu. Como foi importante receber esse bilhetinho. Emocionei porque lembrei quantas história vivemos eu e a Pri, quantas risadas, noites em claro, quantos medos e lágrimas divididas. Hoje seguimos nossos caminhos, diferentes e longes um do outro, mas não diminuiu um grãzinho meu amor.

Vou postar aqui o bilhetinho que recebi pra talvez (sim, ainda não estou certa que vou jogar fora) diminuir um pouco do meu arquivo em papel e ir criando um arquivo digital.

Lá vai:

Oi Val,

Tava aqui perto e tentei vir visitar vocês, mas como não pode, só vou deixar esse bilhete. Tô aqui fora, de coração, torcendo por vocês duas, fiquei sabendo que é uma meninona de 3 Kg. Parabéns! Não poderei vir + tarde porque tem o baile de formatura da Paty. Mas assim que puder te visitar eu vou. Tô louca pra ver o narizinho dela! Deve ser linda! Parabéns por mais essa vitória! Como sempre te falei (há 13 anos???), estou do seu lado.
beijo
Te amo,
ah, vocês duas!
Pri


A história dessa amizade daria uma belo livro. Já comecei escrever mas o tempo é meu inimigo em alguns momentos. Mas não desisto não, um dia termino!



segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Feliz na primavera


Flores, calor, pássaros a cantar, céu azul em São Paulo.

Meu domingo começou bem cedo e passaria ele todo em reunião, não almoçaria com minha nega. Enfim, tinha todos os motivos pra um humor ruim. Mas a chegada da primavera e a beleza do dia me fez tão bem. Até o cansaço foi embora e mais uma vez tive a confirmação do que diz o poeta: Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.

E minha alma anda tão grande. Apesar do 1m54!

OBS.:A imagem é de Boticelli, Primavera

sábado, 26 de setembro de 2009

Eu amo essa música e ultimamente tenho sentido tanta saudade...



Era tanta saudade
É pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina
Se eu não mato a saudade
É deixa estar
A saudade mata a gente
A saudade mata a gente

Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem
Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração

Mas voltou a saudade
É pra ficar
Ai eu encarei de frente
Ai eu encarei de frente, menina
Se eu ficar na saudade
É deixa estar
A saudade engole a gente
A saudade engole a gente, menina

Ai amor, miragem minha
A minha linha do horizonte
É monte atrás de monte, é monte
A fonte nunca mais que seca
Ah, saudade, ainda sou moço
Aquele poço não tem fundo
É um mundo e dentro um mundo
E dentro é o mundo que me leva

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sexta-feira

Começo com essa frase que o grande Carpinejar botou em seu twitter hoje:
"Depois que surge, a desconfiança não desaparece com o tempo. É fiel até a morte."

E num é que é!!!!

Buneas, a palavra da minha sexta-feira é cansaço! Mas agora vai ficar melhor, hoje tem festa-ato de comemoração dos 25 anos da UJS. Entidade que militei durante um tempo da minha vida e da qual muito me orgulho. Estarei lá já já revendo pessoas que estiveram presentes e minha vida durante um tempo muito importante e vendo, com certeza, novos jovens que seguem em frente na luta pelo socialismo

"Eu vou à luta com essa juventude que não foge da raia a troco de nada!" Gonzaguinha

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Escrevendo sua História por José Guilherme, o Gui

Como já comentei neste espaço no ano passado desenvolvi um projeto com alunos do
1ºano e 3ºdo ensino médio, regular e EJA (supletivo). O projeto tem o nome Escrevendo sua História. Recentemente pedi para um ex-aluno escrever um relato contando um pouco de como foi a experiência. Hoje recebi em meu e-mail o relato do Gui. Gracias, menino! A sala 7 foi sem dúvida nenhuma uma grande turma, unida, divertida, solidária. As histórias do 3ºTB ficarão pra sempre guardadas em minha memória.

Bom, vamos ao que interessa:

Depois de anos sem estudar,resolvi que tinha chegado a hora de retornar e concluir o ensino médio. Ainda enferrujado por tanto tempo parado,encontrei novos amigos em 2007/2008 e juntos iniciamos um projeto que as professoras de História e Português nos deram.
Se tratava de um livro biográfico, onde contaríamos um pouco das nossas vidas, de nossa infância e de algo que tivesse marcado no passado.
O livro consistia em capa, fotos, relatos e experiências.
Isso mexeu muito com os alunos e alguns tiveram dificuldades na hora de contar sobre sua história.
Alguns livros ficaram ótimos, parecendo muito com livros confeccionados em padrão de gráfica ,enquanto outros se percebia uma certa timidez, talvez pela falta de tempo, pelo entusiasmo.
Os meses foram passando e cada dia de aula o projeto ia crescendo e algumas histórias foram saindo do papel e acabamos ouvindo ali mesmo na sala 7 tristezas e alegrias, angustias e vitórias.
Muitos se emocionaram porque não imaginávamos que do nosso lado pudesse existir uma pessoa que tivesse algo bom pra contar...
Em especial, falando sobre mim mesmo, digo que curti bastante este projeto. Revirei coisas de outrora e descobri que tinha vivido muitas sensações.
E uma grande sensação ainda experimentei na sala 7.
O projeto aumentou as amizades e isso nos deixou mais próximos.
Agradeço agora pela força e carinho que Glafira e Valéria nos deram para que fosse possível este revival de sentimentos guardados na memória!
E do mesmo jeito que me emocionei no ultimo dia de aula e abracei minha amiga Valéria,ali na sala 7,eu termino escrevendo as palavras que usei na noite da formatura...

"Muito obrigado,Val. Nós vencemos!"

Ass: José Guilherme Victoriano de Moura.
Brasileiro com Ensino Médio concluído.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Com mais tempo agora!

Estou em Brasília participando de um seminário nacional de políticas para o Ensino Médio. Muito interessante a programação e ainda mais esse tipo de espaço, super educativo e de muito debates a respeito de um assunto tão importante.
Só estou sentindo falta da participação de quem atua diretamente na ponta. A maioria dos participantes são gestores e entidades do terceiro setor ligadas à educação. Poucos professores, poucos alunos. Pena!!!

No Planalto Central

Estou em Brasília e só consigo pensar na letra de Milton Nascimento que diz:

Os meninos e o povo no poder, eu quero ver!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vida que segue...

"Silêncio, por favor, enquanto esqueço um pouco a dor no peito.
Não diga nada sobre os meus defeitos."

Tem dias que tenho vontade de botar na porta do meu quarto uma placa com esse trecho da música da Marisa Monte.

Hoje foi um deles!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um breve descanso

Hoje pela manhã abri o blog para escrever sobre um assunto super sério. Alguns relatos sobre situações que envolvem a educação pública da rica São Paulo.
Pensei: Por onde começar? Qual dos relatos faço primeiro?

Pensei durante alguns minutos e quando vi já estava na hora de voltar pra sala de aula. Ficou para mais tarde...

O mais tarde chegou, estou aqui ainda sem saber por onde começar. Resolvi, então, deixar esse papo mais sério pra depois.

Vou dar um descanso pra minha cabeça, breve mas necessário. E nada melhor do que ler poesia pra me ajudar nisso. Escolhi Drummond pra começar.

Hoje são essas que mais me fizeram bem:

A hora do cansaço

As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.


Amor e seu tempo

Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe

valendo a pena e o preço terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um pouco de mim hoje!!!



Bom dia e uma ótima semana pra ti!!!

sábado, 12 de setembro de 2009

Sentido da minha existência

"O seu olhar melhora o meu..."

Bora começar tudo de novo?


Digo sempre que pra tudo na vida existe um tempo, tudo mesmo!!! Tempo de dormir, tempo de comer, de ver tv, ir no cinema, passear, trabalhar (deveria ser um tempo menor!!)Tempo de namorar, de casar, de ter filhos, enfim, pra tudo mesmo!!!

Mas nem sempre respeitamos esse tempo. Penso que somos cobrados diariamente a cumprir certos padrões em relação ao tempo sem pensar nas condições indivíduais de cada um. Eu aprendi anos atrás que é muito importante respeitar o meu tempo, mas nem sempre consigo.

Nos últimos meses me cobrei muito, achava que estava demorando demais pra conseguir resolver uma situação. Enfim, não soube esperar o meu tempo. Mas a vida é assim, saber como deve agir é uma coisa e agir como se deve é outra.

Bom, estou falando sobre isso pra elogiar aqueles que sempre encontram tempo pra recomeçar. Que não se adaptam a uma vida mais ou menos, que não temem a mudança, o novo.

Estou vivendo isso, recomeçando! Não é fácil não pois o fim é sempre doloroso, fica sempre uma sensação de derrota. Mas a vida é isso, "... Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo mas aprendendo a jogar..."

E que venha o novo, eu encaro!!! Sem esquecer o passado, claro!

^.^

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

É preciso decidir!!!

Ou isto ou aquilo - Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Como pode???

"Como pode peixe vivo viver fora da água fria?

Como poderia viver? Como poderei viver sem a sua, sem a sua, sem a sua companhia?"


Uma cantiga de roda que muito tem de mim hoje, neste exato momento!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Capitães da Areia



Diálogo entre Sem-Pernas e Pedro Bala:

Sem-Pernas dizia que a bondade não basta, que só o ódio mudaria a vida daqueles meninos. E Pedro Bala bota a mão no ombro de Sem-Pernas e diz:

- Nem o ódio, nem a bondade. Só a luta.


Viva o grande Jorge Amado!!!

Estou pensando muito em passagens deste livro, é genial a forma com que Jorge Amado retrata a vida daquelas crianças e jovens abandonados a própria sorte.

Em 2010 será lançado um longa-metragem baseado na obra do nosso querido baiano. Estou ansiosa pra ver. Mas recomendo de imediato o livro.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A verdade pela Emília


"...Verdade é uma espécie de mentira bem pregada, das que ninguém desconfia. Só isso."

Grande personagem essa boneca de pano!!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mais uma vez o amor...

Hoje estou baixando umas músicas, escolhi samba rock e me deperei com essa frase em umas das músicas, Amor dos Outros, Swing Brasil

"... O amor é uma loucura maravilhosa, maravilhosa!!!"

Bom demais, dá vontade de sair dançando. Só preciso aprender. rs...

Bom feriado

Filhos filhos...

...melhor não tê-los mas se não temos como sabemos".

Tenho certeza que muitos já repetiram essa frase ou parte dela. Eu quando escutava ficava pensando muito sobre, no fundo ela me causava um certo medo de ter filhos. E como eu sempre quis muito ser mãe ficava intrigada.
Até que um certo dia soube que era parte de um poema de Vinicius de Moraes, quando li o poema inteiro me surpreendi. Mudei completamente a minha visão, dei muita risada e me impressionei com a capacidade que o poetinha teve de relatar o significado dessa delícia que é ter filhos.

Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!


(Poema Enjoadinho - Vinicius de Moraes)

sábado, 5 de setembro de 2009

Falsidade por Carpinejar

"A falsidade é involuntária: um excesso de presença. Tudo o que é muito em pouco tempo parece falso."
(Carpinejar)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vinicius...



De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.