segunda-feira, 29 de março de 2010

Experiência!!!!

Recebi esse texto por email e achei fantástico! Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: "-Você tem experiência?" A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma.

"Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "Qual sua experiência?" . Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência.. .experiência. .. > Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência?Nã o!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?"

domingo, 28 de março de 2010

PCdoB, 88 anos de luta!



Agora pouco estive na festa de comemoração dos 88 anos do partido em que milito e que muito contribui com a reafirmação de minha ideologia. Enfim, a festa foi linda! Linda mesmo, sabe? Valeu muito estar lá! Foi também um dia pra comemorar a filiação da Leci Brandão, uma brasileira, sambista e batalhadora! Enfim, foi uma grande festa, emocionante. Vi muitos camaradas, que normalmente são bem duros, se emocionarem.

Eu me emocionei em vários momentos, mas em especial num papo que tive com a Francisca, uma amiga que fiz recentemente, um exemplo de mulher. Batalhadora, honesta, justa, sensível, amiga, comunista. Ficaria aqui horas falando sobre suas qualidades. Uma pessoa fundamental em minha vida.

Hoje conversamos sobre a assembleia e passeata dos professores. A Fran é secretaria da subsede da apeoesp da qual eu sou conselheira. Ela estava ansiosa em saber notícias da greve e nossos próximos passos. Eu contei tudo, a forma truculenta que a PM nos recebeu, a proposta ridícula feita pelo governo, a ira dos professores, o corre corre quando fugiamos das balas de borracha. E eu acabei desabafando, disse que enquanto o governo não negociasse eu não volto pra escola. Passou algum tempo e a Fran veio me dar tchau. Deu um abraço apertado, um beijo (ela não é muito disso)e disse até amanhã lá na subsede.
Eu me surpreendi e disse: Mas você não está de férias? Já era pra ter saído semana passada, Fran.
Ela me respondeu:
- Você não disse agora pouco que enquanto a greve durar você não volta? Pois então, enquanto a greve não terminar eu não tiro minhas férias.
Depois disso ela me deu mais um abraço e foi embora.
Eu fiquei, com os olhos cheios de lágrimas e o peito cheio de orgulho por poder chama-la de camarada.

Parabenizo esses 88 anos do PCdoB na figura dessa grande militante. Parabéns, Fran! Sua determinação e dedicação só me enche de força pra seguir em frente. São pessoas como você que contruiram a história do Partido Comunista do Brasil!!!

Reafirmando meu amor!

Toda noite boto minha pequena pra dormir e esse é sempre um momento de conversar um pouco. O papo de ontem foi bem interessante, depois fiquei pensando e fiz uma divisão do papo.

Momento 1: Eu no concreto, ela no abstrato.

- Filha, te amo do tamanho do meu coração.
- Te amo do tamando de um monstro bem grande, mamãe!
- E feio, Malu?
- Não, mãe. Grande e bem bonito.


Momento 2: Eu no abstrato, ela no concreto.

- Malu, quando você me olha vê o que?
- Eu mesma, mãe!
- É? Por quê, filha?
- Me vejo nessa bolinha preta do seu olho.

sábado, 27 de março de 2010

Relato do Augusto Chagas, presidente da UNE, sobre a truculência de José Serra contra os professores





Estive no ato organizado pelo Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo nos arredores da sede do governo paulista. A versão da imprensa oficial me indignou assim que liguei a televisão: uma assustadora cena de ficção avançava e retrocedia no tempo, montando uma narrativa grotesca. Trechos literais:

“Enquanto uma comissão de professores era recebida no Palácio para discutir as reivindicações da categoria, um pequeno grupo não identificado saiu em direção aos policiais... O grupo tentou furar o bloqueio e começou a provocar os policiais”. Com toque cinematográfico, a matéria congela a imagem sobre uma pedra que atinge um policial e conclui: “A policia reage com bombas de efeito moral e balas de borracha!”. Seria cômico se não fosse trágico.

Pois vamos aos fatos. Enquanto a comissão do Sindicato era recebida, os professores saíram em passeata rumo ao Palácio e foram impedidos de prosseguir pela barreira da tropa de choque. O “pequeno grupo não identificado” que a matéria se referia eram os 10 mil professores e professoras participantes da manifestação.

Eu estava na barreira policial quando tudo começou. O clima era tenso, mas controlado. Aproveitando-se de um empurra-empurra a polícia não titubeou: bombas, gás pimenta, balas de borracha e cassetetes. Caí no chão com vários professores no meio do tumulto, perdi os sapatos e fui atingido no rosto de raspão – comigo só um arranhão e um tornozelo torcido, mas muita gente ficou foi bastante ferida. E, diferente da versão “oficial”, a verdade é que absolutamente tudo começou por responsabilidade da Polícia Militar. Ela iniciou um confronto desnecessário. Em determinadas situações podemos atribuir desfechos como este ao despreparo e truculência policial. Presenciei tudo e afirmo: a PM atacou os professores de São Paulo e o fez de maneira deliberada.

Todos temos acompanhado nas últimas semanas o debate público que tem ocorrido sobre a greve dos professores. O governo de São Paulo através de vários representantes tem afirmado que trata-se de uma greve política, uma afirmação de caráter bem duvidoso. Afinal, bendita é a sociedade que tem nos seus professores uma parcela consciente e politizada.

No caso da Apeoesp, podemos afirmar com toda a certeza que trata-se de uma categoria organizada, que mesmo com suas divergências sabe unificar-se para lutar pelos seus direitos. Por isso, os professores da rede pública paulista têm tradição nas suas passeatas dando demonstrações de força e combatividade.

Os estudantes apóiam a greve. Estávamos presentes hoje novamente para concordar que as condições de trabalho do professorado paulista deixam muito a desejar: o salário base de um professor no Estado mais rico do Brasil varia de R$ 785,50 a R$ 909,32. Concordamos também que as atuais políticas de bônus e gratificações não são a solução.

Coitado do governante que não sebe ouvir. O governo de São Paulo prefere desconsiderar as reivindicações dos professores paulistas. Suas afirmações recentes e a reação da polícia no ato de hoje revelam uma face autoritária. No caso do governador de São Paulo, além da inexplicável inabilidade para alguém que iniciou sua trajetória no movimento social, presidindo a UNE inclusive, trata-se de um defeito grave para alguém que pleiteia assumir a Presidência da República.

A consolidação da democracia brasileira exige que a relação governo-sociedade se dê em outro tom. Disposição e coragem aos professores de São Paulo que devem perseverar na sua luta. Os estudantes e todos os que acreditam numa educação de qualidade continuarão a apoiá-los!

Ainda sobre a greve e a truculência de José Serra

Serra se revela um inimigo da democracia e da classe trabalhadora
Escrevo estas linhas em meio a telefonemas de denúncias sobre presos e torturados pela Polícia Militar de José Serra na manifestação desta sexta-feira (26) nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Denúncias de grotescas armações realizadas por policiais que se passaram por manifestantes, abafadas para dar lugar ao assumimento da candidatura a presidente do governador do Estado mais rico e que paga o Pior Salário Do Brasil para o funcionalismo público.



Também escrevo com dor, intensa, devido às queimaduras nos dois braços e mãos provocadas pelos sprays químicos, covardemente atirados pelos policiais militares sobre quem fotografava de perto, documentando próximo demais para quem tudo quer encobrir. Depois, a versão oficial ganha as tintas da verdade nos jornalões e informação mercadoria cobre as emissoras de rádio e televisão.

Gás pimenta contra jornalistas

Antes de dar continuidade, cito o saudoso conterrâneo Apparício Torelli, mais conhecido como o Barão de Itararé, que daria boas risadas do cenário montado por José Serra nos meios de comunicação. Uma mídia que até para ser venal podia ter algum limite. Vendo o quão tosca foi a cobertura, quão partidarizada e ideologizada em favor do escárnio dos educadores, não há como fazer chacota deste tipo de “jornalismo”.

Dizia o Barão: “Um bom jornalista é um sujeito que esvazia totalmente a cabeça para o dono do jornal encher nababescamente a barriga” e que “a televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana”..

Vamos aos fatos:

Foi montada uma barreira impedindo o deslocamento de dezenas de milhares de professores em greve que, enfrentando a chuva e os inúmeros bloqueios da Polícia Militar, conseguiram chegar até a avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi.

O comando da paralisação, que Serra diz ser de 1%, até o dia de hoje não havia conseguido sequer ser recebido pelo governo. Nesta sexta uma comissão foi recepcionada finalmente no Palácio, mas o mesmo governo que alega não haver greve, diz que só iria negociar com a volta à aula dos grevistas.

Naquele mesmo instante, sob ordens do governador que já havia fugido da cidade, pessoas vestidas com a farda da Polícia Militar abriram fogo contra manifestantes que queriam respaldar a negociação, mas foram recebidos com golpes de cassetetes, balas de borracha e bombas de efeito “moral”. Tinham que ficar no seu lugar. Ali era local reservado a autoridades e bacanas. Os professores não eram nenhum dos dois.

Diante do impasse e da decisão do governo tucano de manter o arrocho salarial – os professores acumulam perdas de 34,3% -, da continuação do escárnio da política de bônus, provinhas e provões, sem qualquer Plano de Carreira, com as salas superlotadas, com os laboratórios e bibliotecas caindo aos pedaços, com o fechamento de turnos e escolas, a greve continua. E nova assembleia foi convocada para a próxima quarta-feira, dia 31 de março.

Só truculência

Com as costas perfuradas por duas balas de borracha, Thiago Leme, professor de biologia da Escola Estadual Metalúrgico, em São Bernardo do Campo, relatou: “Não espero absolutamente nada deste governo, somente que saia o mais rápido possível. Somos uma categoria profissional digna e deveríamos ser tratados como seres humanos. Infelizmente, a imprensa é parte deste sistema corrupto e vamos ter amanhã as versões dos fatos que eles inventarem sobre hoje”.

Com as duas pernas sangrando, atingidas por bombas de efeito moral, Sílvio Prado, professor de História de Taubaté, desabafou: “Deste governo a gente não pode mais esperar nada, só truculência”.

Sindicalista, Policial Civil, Jeferson Fernando foi confundido com um professor, mantido preso e espancado por cerca de três horas e levado ao 34ª DP de Francisco Morato. Com a roupa rasgada e acompanhado por dirigentes do Sindicato, Jeferson foi até a Corregedoria denunciar os inumeráveis abusos dos quais foi vítima.

Professor de Filosofia em Jundiaí, Fernando Ribeiro presenciou quando um dos muitos policiais infiltrados pelo governo na manifestação “tentava atear fogo em um veículo, buscando incriminar os manifestantes”. Com o policial à paisana identificado, professores e estudantes saíram à caça do marginal que buscou refúgio entre os policiais militares. “Tentaram colocar fogo no carro para culpar o protesto. Como agiram com muita força, numa ação desproporcional, queriam uma justificativa”.

Governo perdeu a cabeça

Coordenador da representação do funcionalismo público estadual e vice-presidente estadual da CUT, Carlos Ramiro de Castro (Carlão) foi atingido na testa por um estilhaço de uma das bombas lançadas a esmo pelos policiais. Tranquilo, Carlão foi categórico: “O governo perdeu a cabeça e está desesperado. A razão está do nosso lado, venceremos!”
A professora Maria Izabel (Bebel), presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Público Oficial do Estado de São Paulo), também denunciou os provocadores "infiltrados" pelo governo estadual para deslegitimar a manifestação pacífica e exortou a categoria a ampliar a mobilização e se fazer presente na próxima quarta-feira na Paulista. “Tentaram nos colocar de joelhos, mas estamos aqui, de cabeça erguida, exigindo o respeito que esta maravilhosa categoria merece”.

A presidenta da União Municipal dos Estudantes de São Paulo (UMES), Ana Letícia, sublinhou que “os professores nos enchem de orgulho pois estão enfrentando com garra e coragem a covardia e a mentira do desgoverno Serra. Contem conosco para seguir em frente na defesa da melhoria da qualidade do ensino público”.

De acordo com o deputado estadual Roberto Felício (PT), o simples fato das direções de escola terem sido instruídas pelo governo a não informarem sobre a paralisação é um forte indício do respaldo do movimento junto à categoria, “que está na linha de frente, pois não foge da luta”.

Sem freio

Conforme o deputado estadual Major Olímpio (PDT), liderança dos policiais militares, o que o governo estadual fez foi usar de toda a sua truculência e o seu aparato repressivo em vez de abrir negociação com os professores. “Os manifestantes vieram para dialogar, mas o governo tucano os recebeu como numa guerra”, frisou.

Para os incautos que ainda alimentavam alguma ilusão em relação ao caráter de José Serra, vale o comentário de um ex-amigo seu, Flávio Bierrenbach, ex-deputado e ministro do Superior Tribunal Militar: “Serra entrou pobre na Secretaria de Planejamento do Governo Montoro e saiu rico. Ele usa o poder de forma cruel, corrupta e prepotente. Poucos o conhecem. Engana muita gente. Prejudicou a muitos dos seus companheiros. Uma ambição sem limite. Uma sede de poder sem nenhum freio".

Agora, vamos freá-lo!


*Leonardo Severo, jornalista

sexta-feira, 26 de março de 2010

Somos professores, solidários e lutamos por dignidade!!

Nossa luta é justa! Abaixo a truculência deste governo! Somos professores e não bandidos!!!

Indignação... Greve dos professores!!!

As palavras hoje são duras, as cenas não deixam de martelar em minha cabeça.

Um ato, uma passeata por reivindicações justas, movimento pacífico, professores na rua lutando, em especial, por DIGNIDADE. Pedindo negociação.

A resposta do governo de José Serra? Polícia, força tática, soldados sem identificação (já foram pra bater) e muitos tiros, bala de borracha, gás pimenta (que ainda faz doer minha cabeça)e muita gente ainda mais indignada!!!

Recuar? Não, seguiremos firmes. Nossa luta é justa. E aprendi desde muito pequena que justiça é um valor muito importante. E lutar por ela é um dever.






terça-feira, 23 de março de 2010

Tú gustas a mí...





Me gustas tu - Manu Chao

¿Qué horas son mi corazón?
Te lo dije muy clarito
Doce de la noche en la Habana, Cuba
Once de la noche en San Salvador, El Salvador
Once de la noche en Managua, Nicaragua

Me gustan los aviones, me gustas tu.
Me gusta viajar, me gustas tu.
Me gusta la mañana, me gustas tu.
Me gusta el viento, me gustas tu.
Me gusta soñar, me gustas tu.
Me gusta la mar, me gustas tu.

Que voy a hacer, je ne sais pas.
Que voy a hacer, je ne sais plus.
Que voy a hacer, je suis perdu.
Que horas son, mi corazón.

Me gusta la moto, me gustas tu.
Me gusta correr, me gustas tu.
Me gusta la lluvia, me gustas tu.
Me gusta volver, me gustas tu.
Me gusta marijuana, me gustas tu.
Me gusta colombiana, me gustas tu.
Me gusta la montaña, me gustas tu.
Me gusta la noche, me gustas u.

Que voy a hacer, je ne sais pas.
Que voy a hacer, je ne sais plus.
Que voy a hacer, je suis perdu.
Que horas son, mi corazón.

Doce un minuto

Me gusta la cena, me gustas tu.
Me gusta la vecina, me gustas tu.
Radio relojio
Me gusta su cocina, me gustas tu.
Una de la mañana
Me gusta camelar, me gustas tu.
Me gusta la guitarra, me gustas tu.
Me gusta el reggae, me gustas tu.

Que voy a hacer, je ne sais pas.
Que voy a hacer, je ne sais plus.
Que voy a hacer, je suis perdu.
Que horas son, mi corazón.

Me gusta la canela, me gustas tu.
Me gusta el fuego, me gustas tu.
Me gusta menear, me gustas tu.
Me gusta la Coruña, me gustas tu.
Me gusta Malasaña, me gustas tu.
Me gusta la castaña, me gustas tu.
Me gusta Guatemala, me gustas tu.

Que voy a hacer, je ne sais pas.
Que voy a hacer, je ne sais plus.
Que voy a hacer, je suis perdu.
Que horas son, mi corazón.
(x4)

Cuatro de la mañana
A la bin, a la ban a la bin bon ba
A la bin, a la ban a la bin bon ba
Obladi Obladá Obladidada
A la bin, a la ban a la bin bon ban

Radio relojio
Cinco de la mañana
No todo lo que es oro brilla
Remedio chino es infalible

Pra aquietar o espírito...




Faça um dia de domingo

Façam tardes as manhãs
Façam artes os artistas
Faça parte da maçã
A condenação prevista
Façam chuvas os Xamãs
Façam danças as coristas
Façam votos que esta corda
Não sabote o equilibrista

Façam Beatles "For No One"
Faça o povo a justiça
Faça amor o tempo todo
Que amor não desperdiça
Faça votos pra alegria
Faça com que todo dia
Seja um dia de domingo

Façam tardes as manhãs
Façam artes os artistas
Faça parte da maçã
A condenação prevista

Façam Beatles "For No One"
Faça o povo a justiça
Faça amor o tempo todo
Que amor não desperdiça
Faça votos pra alegria
Faça com que todo dia
Seja um dia de domingo

segunda-feira, 22 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

Precisa falar?

Mais uma aula de cidadania dos professores de São Paulo!!!





* As fotos são de Leandro Moraes/UOL

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pra fortalecer...

"...não foi possível existir sem assumir o direito e o dever de optar, de decidir, de lutar, de fazer política. E tudo isso nos traz de novo à imperiosidade da prática formadora, de natureza eminentemente ética. E tudo isso nos traz de novo à radicalidade da esperança. Sei que as coisas podem até piorar, mas sei também que é possível intervir para melhorá-las." P. Freire

Só a luta, só luta...







*fotos da Assembleia e passeata dos professores. Em greve por uma educação de qualidade e por dignidade aos trabalhadores em educação

quarta-feira, 17 de março de 2010

Um fato...

"Tristeza não tem fim, felicidade sim!"

Vinicius e Tom Jobim

segunda-feira, 15 de março de 2010

Lágrimas que fogem de tão danadas que são...

Tem alguns momentos que isso acontece comigo. Não quero, não posso, não devo... Mas as lágrimas, de tão teimosas que são, vão descendo e fazendo um caminho pelo meu rosto. Foram tantas e diferentes vezes que isso ocorreu.

E hoje eu segurei, não deixei elas virem. Não podia, estava no meio de um papo com meu pai. Foi melhor assim! Mas agora, escutando uma música do Caetano na voz da Rita Ribeiro, não aguentei. Elas vieram.

Hoje percebi algo que pode me fazer ser uma pessoa melhor...

Obrigada, meu pai! Vc sempre me disse que o tempo é o grande senhor do mundo. Ainda vamos ouvir muitas músicas juntos.

Oração ao Tempo

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...

Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...

De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...

O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo...

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...


Um carinho...

Acho essa letra belíssima. Salve Vinícius e Carlinhos Lira
Ando um tanto apaixonada e me empolgo com essas demontrações de carinho, de amor. Hum, quem sabe isso não exista mesmo!

Se você quer ser minha namorada
Ah, que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha, essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser...
Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer...
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porque...
E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você...
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos
Os seus braços o meu ninho no silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois.

sábado, 13 de março de 2010

Leminski

"Acordei bemol
Tudo estava sustenido
Sol fazia
Só não fazia sentido."

sexta-feira, 12 de março de 2010

Greve dos professores em São Paulo!!! Por uma educação de qualidade!

Depois de uma semana, estive novamente em assembleia com meus colegas. Dessa vez foi no vão livre do Masp e foi uma ótima manifestação.

Muita gente unida em torno de um único propósito, lutar por uma educação de qualidade e por dignidade.

Ao fim do ato fomos até à Pça da Pepública, cerca de 40 mil professores. Sim! Não estou exagerando. É só olhar as imagens e vão perceber que os 5 mil ditos na mídia são mentirosos.

A próxima semana será de visitas em escola e conversas com pais e alunos. Esse tete-a-tete tem sido super rico. Formamos opinião e comprometidos com a verdade.

"A greve continua, Serra a culpa é sua!" rsrs... Foi o grito que ecoou pela Paulista e pela Consolação nesta tarde quente.

Como bem disse Rosa Luxemburgo: "Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem."

quinta-feira, 11 de março de 2010

"Um pedido em forma de canção"

"Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei.

Tranformai as velhas formas do viver.

Ensinai-me, ó Pai, o que eu ainda não sei."

terça-feira, 9 de março de 2010

A mídia tem lado!

A mídia tem lado, isso não é nenhuma novidade. Ficaria espantada e surpresa se tivessem uma postura diferente. Infelizmente não é de hoje que a mídia representa a elite brasileira e seus interesses. Interesses que estão bem longe de justiça social e igualdade para todos!

Depois de diversas tentativas de negociar com a Secretaria de Educação, os professores do Estado de São Paulo aprovaram na última sexta-feira(05demarço2010) uma greve. Não fico feliz por isso, acho que uma greve é sempre um desgaste mas não nos sobrou outra saída diante da truculência tucana representada aqui por José Serra e Paulo Renato. Hoje estamos no segunda dia de greve, muitas escolas paradas parcialmente. Alguns colegas ainda refletindo sobre qual será seu posicionamento mas TODOS estão muito insatisfeitos com o que está ocorrendo na educação paulista.

Quando entro em escolas para conversar com meus colegas professores sinto uma enorme força para continuar nesta luta, por uma educação melhor onde os professores serão valorizados mas também sinto o quanto meus colegas estão desacreditados e sem forças. Isto é resultado dessa política nefasta que está destruindo a educação e a esperança das pessoas.

E para piorar ainda mais, a mídia nos massacra. Como podem ver no editorial do Estadão de 09 de março de 2010 (texto abaixo). Um texto que deve ter sido enviado do Palácio dos Bandeirantes direto para a gráfica do jornal. Impressionante como essa mídia quer blindar o José Serra, esse texto falta com a verdade, omite informações importantes. Não era de se esperar outra coisa mas eu ainda assim fiquei indignada. E o pior, triste!

Mas na hora lembrei de uma reunião que fiz hoje pela manhã na escola, com pais e alunos. Lembrei do olhar de uma mãe falando sobre algumas propagandas que passam na TV sobre as melhorias que esse governo diz estar fazendo nas escolas. Ela, na sua simplicidade disse: "Eles mentem professora. Meus filhos estudam aqui e não tem nada disso." Sim! Eles mentem e não mentem sozinho! Tem todo um aparato midíatico para ajuda-los. Mas o povo não é bobo, a verdade sempre prevalecerá!

Sobre as mentiras e fatos omitidos no editorial:

- Não fazem 10 meses que ocorreu a nossa última greve. Esta ocorreu no final do primeiro semestre de 2008. E parte das reivindicações permanecem pois esse governo não atendeu.

- O governo não submeteu a contratação de temporários a concurso público, pelo contrário! Demorou um tempão para chamar o concurso e só abriu 10 mil vagas. Bem menos do que é necessário para acabar com essa contratação temporária.

- A avaliação por mérito que serve para aumentar o salário não vai atingir toda categoria. Tem uma série de restrições para o professor ter direito a fazer essa prova e dentre os aprovados o governo concederá aumento somente para ATÉ 20% de acordo com os recursos disponíveis. (ou seja, se quiser pode benceficiar somente 2%, 5% dos professores aprovados.)

- Fazer greve não significa "cruzar os braços" e sim se movimentar, e muito! Passar em escolas, conversar com a comunidade.

- Sobre ser ano eleitoral e o Serra ser um presidenciável, meu voto ele nunca terá! E estando em greve ou não farei campanha contra ele. Motivos não me faltam!

- Sobre a greve comprometer o calendário escolar e prejudicar a formação dos alunos. Um governo que não valoriza os professores, que não investe na educação e implementa uma aprovação automática dos alunos está preocupado com a formação desses jovens?

- O governo cobrou mais eficiência dos professores com uma avaliação em que o edital foi divulgado menos de dois meses antes da data da prova e com uma bibliografia de 30 títulos. Sendo que tudo isso ocorreu em época de fechamento de notas nas escolas. Essa avaliação pode medir a competência dos professores?

- E por fim, independente da greve, José Serra não poderá mesmo utilizar a educação como uma bandeira para se eleger! O povo não vacilará.






Greve política



Editorial do Estado de São Paulo de 09 de março de 2010



Dez meses depois de ter promovido uma greve contra as mudanças realizadas pelo governador José Serra no magistério público, que criou uma escola de formação, submeteu a escolha de professores temporários a concurso público e condicionou os aumentos salariais a avaliações de mérito, os 215 mil docentes das 4,5 mil escolas da rede estadual de ensino básico estão invocando o mesmo pretexto para cruzar os braços outra vez. Como 2010 é um ano eleitoral e Serra deverá anunciar em abril sua candidatura à Presidência da República, o sindicato da categoria ? a Apeoesp, que é filiada à Central Única dos Trabalhadores e há muito tempo age como um braço do PT ? está propondo a suspensão das aulas por "tempo indeterminado".

Tomada há apenas um mês após o início das atividades letivas de 2010, essa iniciativa pode comprometer o calendário escolar. E, mais grave ainda, pode prejudicar a formação dos 5 milhões de alunos da rede estadual, que continuam sendo utilizados como reféns de sindicalistas irresponsáveis. Entre o interesse público e os interesses corporativos, os líderes da categoria não parecem ter dúvida nem pudor.

A greve do professorado paulista não passa de encenação. No plano retórico, os grevistas defendem a "qualidade da educação" e acusam o governo estadual de ameaçar a "dignidade do magistério", ao cobrar mais eficiência da categoria. Na verdade, contudo, eles não admitem ser avaliados. E também não querem se submeter a concursos públicos nem a provas classificatórias. O que explica a repulsa da categoria a testes de avaliação é o fato de que, dos 181 mil docentes que se submeteram ao exame aplicado em dezembro de 2009, cerca de 88 mil não conseguiram alcançar a nota mínima para lecionar.

Em outras palavras, quase 50% dos candidatos foram reprovados, não tendo acertado metade das 80 questões apresentadas. E, como um quinto da nota final vinha de uma pontuação recebida pelos anos de serviço na rede escolar, o desempenho médio do professorado paulista pode ter sido ainda mais vexaminoso. Portanto, resistir às avaliações impostas pelo governo estadual e se opor à prova para escolha de temporários, sob a alegação de que elas são injustas e "discriminatórias", é apenas uma estratégia política para tentar esconder a falta de preparo de parte dos docentes.

O outro pretexto para a greve por tempo indeterminado proposta pela Apeoesp é de caráter salarial. Para estimular os docentes a se qualificar, o governo adotou uma medida amplamente utilizada nos países com altos índices de eficiência escolar, fixando um programa de promoção por mérito que prevê bônus e gratificações variáveis para até 20% dos professores mais bem colocados nas provas de desempenho aplicadas pela Secretaria da Educação. No entanto, o professorado quer receber ? sem qualquer avaliação ? um reajuste salarial de 34,3%, que também beneficiaria os docentes aposentados. Como sempre, a justificativa é a reposição da inflação ? além, é claro, da defesa do princípio da "isonomia de classe".

Essa pauta de reivindicações, como se vê, é requentada. Ela já foi usada pelo professorado para justificar não apenas protestos e greves, como também malogradas ações judiciais contra a política educacional do governo paulista. Por colocar sistematicamente os interesses corporativos à frente do interesse público, descumprindo leis e prejudicando o tráfego com passeatas, em julho do ano passado a 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo aplicou uma punição exemplar à Apeoesp, obrigando-a a pagar R$ 1,2 milhão de indenização para o Fundo de Interesses Difusos. Ao justificar o rigor da punição, o relator, desembargador Ênio Zuliani, afirmou que a entidade não era ré primária, tendo sofrido duas outras condenações judiciais. Segundo ele, a "conduta desafiadora" da Apeoesp não poderia ficar impune, sob pena de desmoralização da ordem jurídica e do princípio da autoridade.

Essa é a entidade que se diz "defensora da educação" em São Paulo. Na realidade, ao invocar a qualidade do ensino como justificativa para mais uma greve, ela quer apenas criar fatos políticos adversos para Serra e ofuscar uma das bandeiras que poderá utilizar em sua campanha.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher...

Recebi de um amigo muito especial, adorei!


Mulher...

Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...

Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial...

Feliz Dia Internacional da Mulher!

Um bom dia para repensar...

Hoje é 8 de março, um dia importante para a história do movimento feminista e para todas as mulheres.

Parabéns, mulheres. Mulheres guerreiras, que lutam diariamente para conquistas pessoais e coletivas.

Tenho um imenso orgulho de conhcer muitas mulheres batalhadoras, acho que preciso olhar mais pra elas e seguir os exemplos.

Mas enfim, o dia de hoje me faz pensar bastante sobre a mulher que sou e a que quero ser.

Por hora sigo assim:

Guerreira
Intensa
Sensível
Idealista
Estressada
Carinhosa
Suave
Dedicada
Virada na múlestia
Observadora
Preguiçosa
Irritada
Intempestiva
Sangue quente, ou melhor, fervendo
Irônica
Espontânea
Independente
Companheira
Leal
Anisosa
Impulsiva
Visceral


Uma rosa vermelha e uma poesia de Cora Coralina pra homenagear as mulheres!


O cântico da terra

Cora Coralina


Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.

Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.

Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.

domingo, 7 de março de 2010

O que preciso...

Rápido e Rasteiro

Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
aí eu paro
tiro o sapato
e danço o resto da vida.

Chacal

Martha Medeiros e o que de fato é importante!

Gosto bastante dos textos da jornalista e escritora Martha Medeiros, este em especial me fez refletir bastante sobre algumas atitudes.


"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem..

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante"


Martha Medeiros - Jornalista e escritora

sábado, 6 de março de 2010

Lula cantarolando...

Grande Lula em Juazeiro diz:

"Este país começou a mudar, e isso incomoda muita gente. É só acompanhar os meios de comunicação que você vê como incomoda. Se eles pudessem, cantavam todo dia: UM LULINHA INCOMODA MUITA GENTE, UMA DILMINHA INCOMODA MUITO MAIS".

rsrs... Adorei!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Pechinchando...

Está é a música da vez. 157 vezes por dia. rs...



Amor Barato - Chico Buarque

Eu queria ser um tipo de compositor
capaz de cantar nosso amor modesto
um tipo de amor que é de mendigar cafuné
que é pobre e às vezes nem é honesto
Pechincha de amor, mas que eu faço tanta questão
que se tiver precisão, eu furto
Vem cá meu amor, agüenta o teu cantador
me esquenta porque o cobertor é curto
Mas levo esse amor com o zelo de quem leva o andor
eu velo pelo meu amor que sonha
que, enfim, nosso amor, também pode ter seu valor
também é um tipo de flor
que nem outro tipo de flor
dum tipo que tem que não deve nada a ninguém
que dá mais que Maria-Sem-Vergonha
Eu queria ser um tipo de compositor
capaz de cantar nosso amor barato
Um tipo de amor que é esfarrapar e cerzir
que é de comer e cuspir no prato
Mas levo esse amor com o zelo de quem leva o andor
eu velo pelo meu amor que sonha
que, enfim, nosso amor, também pode ter seu valor
também é um tipo de flor
que nem outro tipo de flor
dum tipo que tem que não deve nada a ninguém
Que dá mais que Maria-Sem-Vergonha

segunda-feira, 1 de março de 2010

Notícias de um final de semana

"...Deixa balançar a maré e a poeira assentar no chão."
Chico Buarque

DILMA ACELERANDO
No domingo foi divulgado a pesquisa Datafolha (feita em 24 e 25 de fevereiro) e a Dilma está praticamente empatada com o tucano José Serra. Para o desespero da mídia (leia-se Folha de SP, Veja, Estadão, rede Globo e afins) Dilma encurtou de 14% para 4% a distância de Serra.
Na edição da Folha de SP de domingo (28 de fev. de 2010) o editoral, dois de seus principais colunistas (Rossi e Cantanhêde) e uma coluna de análise falaram sobre os resultados do Datafolha, até aí normal, já que estamos a meses de uma eleição presidencial.

O que me chamou atenção foi que todos procuraram justificar a estagnação (ou queda!) de José Serra e pouco valorizaram o crescimento, ou melhor o enorme crescimento, de Dilma Rousseff. Clovis Rossi chega a se dizer surpreendido pelo fato de Dilma não estar à frente de Serra já que, segundo ele nunca houve condições tão favoráveis para um candidato do governo como este ano. Em seguida, dá algumas alfinetadas no governo e depois diz que Serra tem que mostrar que será ainda melhor e não bater no governo dizendo que ele é ruim.

O jogo esquentou, vamos aguardar os próximos lances.

Ah, alguns e-mails detonando a Dilma já estão circulando na net. Associando a Dilma a ações "terroristas" na ditadura militar. Primeiro, ela nunca cometeu ações armadas. E segundo, lutou sim bravamente pelo fim da ditadura e por liberdade e democracia.

SARESP E CONTRADIÇÕES
Ainda não foi divulgado o IDESP (índice que além das notas do Saresp considera a progressão e a evasão escolar; cada escola tem um índice) mas na última sexta-feira (26 de fev de 2010) a Secretaria Estadual de Educação divulgou parte dos resultados do Saresp de 2009. Divulgaram o desempeho dos alunos em Português e Matamática.Ainda falta História e Geografia. No geral os resultados, segundo a SEE, apontam para uma melhoria generalizada nas escolas estaduais. Justificam essa melhora como reflexo das mudanças que veem sendo impostas (atenção para o uso desta palavra, poderia ter usado implementadas) desde 2007.

Sobre isso Paulo Renato, secretário de Educação diz: “Os resultados mostram que os programas inovadores implementados pelo governo do Estado já estão melhorando a qualidade da educação das nossas crianças e jovens”. Esses programas citados por P. Renato trata inclusive das apostilas que foram jogadas na escola sem o mínino diálogo com os professores e também sobre uma prova para os professores temporários, que eu já falei sobre aqui.

Apesar desta dita melhora geral, os estudantes do 3ºano do Ensino Médio não foram muito bem em Matemática. Sobre isso P. Renato diz: "[A nota ruim dos alunos no Saresp] é um problema que temos que encarar e que é compatível com os resultados das provas de professores temporários e para promoção, em que, na parte objetiva, o desempenho em matemática foi menor". Segundo ele, o que contribuiu para o mau resultado foi a formação e o nível de conhecimento dos docentes. E já anunciou um curso de matemática para os professores. Os alunos estão sendo empurrados série a série por uma política do governo (aprovação automática), o salário dos professores está estagnado a anos, não existe uma política de formação séria para os docentes, dentre outras coisas. E os professores são os responsáveis pelo desempenho ruim dos alunos?

Dentre várias contradições e informações não verdadeiras, o que mais me chamou a atenção nisso tudo foi o secretário de educação dizer que o resultado positivo é mérito das políticas impostas e o negativo é um problema de formação dos professores.

Isso não é sério! E notem que ele já faz uso (mau uso!!) das avaliações realizadas pelos docentes, inclusive da prova que os professores realizaram para buscar um salário melhor, a de promoção.

Pra fechar, uma frase que me fez o estômago embrulhar e que merece algum riso, ou por raiva ou porque nessas horas fico com a sensação que isso não é sério mesmo.

La vai: “Implantamos programas que valorizam e respeitam os professores, e os resultados já aparecem”, diz o secretário Paulo Renato.

As falas do Paulo Renato foram retiradas da UOL/Educação