segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Alma não tem cor!!!

"Alma não tem cor
Por que eu sou branco?
Alma não tem cor
Por que eu sou negro?"

(Andre Abujanra)

Não tolero preconceito e atitudes discrminatórias. Quinze dias atrás ocorreu uma situação absurda no estacionamento do Carrefour de Osasco e esse fato merece uma reflexão mais profunda, alguns pontos para essa reflexão:

1. Deixemos a hipocrisia de lado Ainda existe preconceito racial no Brasil. Não faço essa afirmação com sorriso no rosto. Muito pelo contrário, lamento muito esse fato mas não podemos fugir da verdade. A cor da pele ainda determina o tratamento que vamos ter. Isso é no mínimo um absurdo, já que em nosso país mais da metade da população é negra ou parda. A propósito, acho péssimo o uso da palavra parda pra determinar a cor de alguém, pardo na minha opinião é papel!

2. Preconceito Racial ou Social? Muitos dizem que hoje não existe mais preconceito racial, que o preconceito hoje é apenas social: "Negro que tem grana não sofre discriminação". Mentira! Não houve uma substituição de preconceitos e sim um acúmulo.

3.Seguranças torturadores A atitude dos seguranças com o aval do supermercado é digna de um processo criminal. Essa prática é super comum e esses seguranças são orientados por seus superiores a tomar essa atitude. Quando suspeitam que alguém cometeu algum um delito levam para uma salinha onde espancam tal suspeito. Que é isso, minha gente? Tortura!!! Além de absurdo é ilegal!!! Seguranças com poderes de policiais e ainda toruturadores??? Não pode!!!

4. A Mídia A cobertura da mídia sobre o ocorrido foi ridícula. Esse caso deveria ser manchete de jornais, deveria ser assunto principal para estimular o debate sobre o preconceito e conscientizar o povo. Não adianta os jornais só destacarem o tratamento desigual dado ao negro nas vésperas do dia 20 de novembro, quando comemoramos o Dia da Consciência Negra.

Axé!!!

Abaixo vou publicar um e-mail que recebi. Não sei onde saiu e quem fez o texto (estou buscando saber) e as fotos são do Evelson de Freitas


Manifestantes protestam contra racismo no Carrefour de Osasco
Homem negro foi espancado e acusado de 'roubar' o próprio carro, um Ecosport, pelos seguranças da loja


Dezenas de pessoas se reuniram no estacionamento da unidade de Osasco dos supermercados Carrefour na manhã deste sábado, 22, para protestar contra a agressão sofrida pelo vigia e técnico em eletrônica Januário Alves de Santana, de 39 anos, na quarta-feira, 19. O cliente do supermercado foi confundido com um ladrão pelos seguranças, que o agrediram o acusaram de "roubar" seu próprio carro, um EcoSport.

Os manifestantes levaram uma faixa branca de cerca de 30 metros com os dizeres "Onde estão os negros?" e a estenderam no estacionamento do supermercado. Alguns carros exibiam protetores de para-brisa com a frase "Carrefour racista" nas cores da logomarca da rede.

O advogado de Santana, Dojival Vieira, vai entrar com uma ação de indenização por danos morais contra o Carrefour e contra o Estado. "Queremos que os cinco seguranças e os três policiais sejam identificados e responsabilizados. Esses casos de racismo não podem mais acontecer num País onde a metade da população é negra ou parda."

O Carrefour decidiu afastar a empresa Nacional de Segurança Ltda., que prestava serviços em algumas lojas de São Paulo e o gerente da unidade de Osasco.





2 comentários:

Ale disse...

esta ultima foto foto resume tudo ...

onde essa sociedade vai parar ?

Gisa Leão disse...

Que absurdo!!!
Dá uma tristeza essas coisas...