terça-feira, 4 de agosto de 2009

Tempo...

Tenho me sentido em débito com muitos amigos queridos.

As responsabilidades e a minha falta de organização impedem muitas vezes de encontrar com amigos e ficar conversando horas e horas sobre as coisas da vida. Tomar uma cerveja, pegar um cineminha ou só uma simples visita são itens indispensáveis pra me encher de energia e seguir em frente. E o danado do tempo parece que está numa maratona, corre feito um atleta medalha de ouro. E quando vejo já foi...

Ontem antes de deitar estava lendo Carlos Drummond e me deparei com essas belas e precisas palavras.

O Segundo que me vigia

Implacável ponteiro dos segundos.
Não, não quero este decassílabo.
O que eu queria dizer era:
O segundo, não o tempo, é implacável.
Tolera-se o minuto. A hora suporta-se.
Admite-se o dia, o mês, o ano, a vida,
a possível eternidade.
Mas o segundo é implacável.
Sempre vigiando e correndo e vigiando.
De mim não se condói, não pára, não perdoa.
Avisa talvez que a morte foi adiada
ou apressada
por quantos segundos?

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