quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Andar com fé eu vou...

Pois é, eu falando sobre fé. Pode parecer bem contraditório. Uma comunista que tem fé? Uma pessoa que não segue nenhuma religião pode ter fé?
Pois a resposta é afirmativa pras duas perguntas.
Tenho fé sim! Em Deus? Em santos? Em orixás? Sim, tenho muita fé!
E além dessa fé em seres espirituais (será que é assim que chama? rs)tenho fé na vida, fé nas pessoas, na arte, na cultura, nos lugares.
Enfim, fé em tudo que me faz melhor.
Senti vontade de falar sobre isso porque na postagem abaixo eu cito minha mãe Iansã.
E algumas pessoas me perguntaram sobre isso.
Pois é isso, sou Valéria, comunista, filha de um comunista ateu (Tião) com uma comunista católica (Laurinda). Sou também filha de Iansã e Ogum. E sinto uma baita força por isso.
Tenho uma baita fé! No que é material e espiritual!
Estou buscando conhecer melhor algumas formas de potencializar essa fé espiritual, vou encontrar!

Lembrei de duas canções que falam sobre fé. Acho que as duas refletem um pouco o que penso!

Andar com fé - Gilberto Gil

Andar com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá...

Que a fé tá na mulher
A fé tá na cobra coral
Ôô, num pedaço de pão
A fé tá na maré
Na lâmina de um punhal
Ôô, na luz, na escuridão

Andar com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá...

A fé tá na manhã
A fé tá no anoitecer
Ôô, no calor do verão
A fé tá viva e sã
A fé também tá pra morrer
Ôô, triste na solidão

Andar com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá...

Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Ôô, a pé ou de avião
Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Ôô, pelo sim, pelo não

E vamos à luta - Gonzaguinha

Eu acredito
É na rapaziada
Que segue em frente
E segura o rojão
Eu ponho fé
É na fé da moçada
Que não foge da fera
E enfrenta o leão
Eu vou à luta
É com essa juventude
Que não corre da raia
À troco de nada
Eu vou no bloco
Dessa mocidade
Que não tá na saudade
E constrói
A manhã desejada...(2x)

Aquele que sabe que é negro
O coro da gente
E segura a batida da vida
O ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco
De um jogo tão duro
E apesar dos pesares
Ainda se orgulha
De ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim
Pede uma cerva gelada
E agita na mesa
Uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira
Suada da luta
E faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí...

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